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Presidente da Funasa conversa nesta quinta (30/10) com ‘A Voz do Brasil’

30 de outubro de 2025
Presidente da Funasa conversa nesta quinta (30/10) com 'A Voz do Brasil'
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“Questão do saneamento precisa ser mais discutida pela sociedade porque ela será cada vez mais decisiva para a sobrevivência de todos nós diante da crise climática”, diz presidente da Funasa

Cisternas que armazenam água para famílias do Semiárido. Nova tecnologia que transformas água bruta em potável para comunidades da Amazônia. Implementação de saneamento básico nas zonas rurais e municípios pequenos. Estes são alguns dos trabalhos desenvolvidos pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Ministério da Saúde.

Esses foras alguns dos assuntos tratados pelo presidente da Funasa, Alexandre Ribeiro, em entrevista a Luciano Seixas e Mariana Jungmann na Voz do Brasil desta quinta-feira (30/10). Ele fala sobre o impacto dessas ações na vida de ribeirinhos, quilombolas, indígenas e produtores rurais e outras populações espalhadas pelos rincões do Brasil.

Alexandre Ribeiro alerta também para a necessidade de os países tratarem como prioridade a questão do saneamento básico, sobretudo em meio ao cenário de mudanças climáticas. E explica por que o Brasil instalará em Belém, durante a COP 30, a Casa do Saneamento.

“O saneamento precisa ser melhor financiado, precisa ter mais recursos, e nós também precisamos ter mais visibilidade temática frente à sociedade brasileira. A questão do saneamento precisa ser mais discutida pela sociedade porque ela será cada vez mais decisiva para a sobrevivência de todos nós diante da crise climática”, alerta.

Assista à entrevista e confira outros destaques da Voz do Brasil. Ou leia íntegra a seguir

No Semiárido, existe lá o programa de cisternas, que foi retomado e ajustado. Como é que funciona o programa atualmente? 

Agora nós estamos retomando esse programa que vai levar para o Semiárido em torno de 21 mil cisternas. E as cisternas, para nós que trabalhamos no saneamento, são sistemas que a gente chama de reservação de água. Capturam a água de chuva, especialmente em regiões onde você tenha pouca precipitação, e, assim, pouca disponibilidade de água.

Então, você precisa usar toda a água que tiver disponível. E essa água da chuva é uma água preciosa que precisa ser estocada para ser usada em momentos de maior dificuldade. E ela tem uma vantagem, que ela precisa de pouco processo de tratamento.

Então, isso é muito importante para as pessoas que residem nessas regiões. 

Agora, na Amazônia, a Funasa tem o Salta Z, que é uma tecnologia também para fornecimento de água. Como é que ela faz? Ela transforma a água bruta em potável? Como funciona exatamente.

A Salta Z, inclusive, é muito legal, porque é uma tecnologia desenvolvida pelos técnicos da Funasa do estado do Pará e virou um hit na Região Amazônica. Todo mundo usa as unidades Salta Z, porque ela tem um mineral específico, a zeólita, que consegue fazer o tratamento de duas coisas importantes naquela água. A água da Amazônia tem muita presença de manganês e ferro.

Isso é uma coisa importante para as pessoas entenderem que a água pode ter elementos, como bactérias e tal, que podem nos adoecer. Mas ela também pode ter produtos minerais que podem nos envenenar.

Então, a Salta Z pega a água bruta e, através dela, se faz um processo de tratamento, tornando essa água bruta água potável. E isso reduz a incidência de doenças de veiculação hídrica e também evita um processo de longo prazo de envenenamento.

Presidente, agora estamos às vésperas da COP 30, que vai discutir globalmente mudanças climáticas. Dentro desse debate, que ligações podemos fazer entre saúde, saneamento e crise climática? 

Olha, é total. Primeiro, a nossa preocupação em construir o que a gente chama de Casa do Saneamento, que é o espaço para agregar todos os principais atores do saneamento no Brasil para discutir os principais problemas e as nossas propostas de solução, ela se deu inspirada pela COP.

E por quê? Porque a gente percebeu que, nas últimas COPs, o tema da segurança hídrica foi central. Água é vida. Então, a água é um elemento fundamental.

Só que, para garantir segurança hídrica, ou seja, água potável, de qualidade e em quantidade, não há como fazer isso sem discutir saneamento. E a nossa preocupação é nesse sentido. Trazer o debate do saneamento para dentro da COP e fazer a conexão entre saúde, clima e saneamento.

Porque, por exemplo, para garantir a água potável de boa qualidade, a gente tem que saber de que manancial a gente vai tirar essa água. E aí, as águas que estão superficiais, não sei se vocês sabem, mas são só 0,3% de toda a água do planeta. Então, é um bem já, digamos assim, relativamente raro.

E esse bem precisa ser muito bem tratado. Porque, quando a gente contamina a água com esgoto não tratado ou com chorume de lixões que escorrem para os corpos d’água, você aumenta a complexidade do processo de tratamento e aumenta o custo do processo de tratamento. E a gente sabe que, à medida que a crise climática avança, a água passa a ser um recurso cada vez mais relevante.

A gente precisa tratá-la cada vez melhor. E isso significa dar atenção a todas as dimensões do saneamento. É isso que a gente acredita que tem faltado um pouquinho no debate sobre segurança hídrica.

E a gente quer aportar esse conhecimento na COP 30. Inclusive, lá na COP 30, a Funasa está com outros parceiros implementando a Casa do Saneamento, que é justamente para discutir todas essas questões. Exatamente.

A gente percebeu o seguinte, que havia uma certa desintegração porque o setor de saneamento já é naturalmente multidimensional. Então, o que é saneamento segundo a legislação brasileira? É água potável, é tratamento de esgoto, é gestão de resíduos sólidos e é drenagem. A drenagem, aliás, sempre foi o primo pobre dessa história e só passou a ser mais atentamente observada depois da tragédia em Porto Alegre.

Todo mundo descobriu que a drenagem de águas pluviais também é um elemento fundamental. Então, a gente pensou a Casa do Saneamento para trazer todas essas dimensões do saneamento para perto porque, embora nós tenhamos técnicas diferentes, questões diferentes, nós temos muita coisa em comum. Acho que duas coisas em comum é a percepção de que o saneamento precisa ser melhor financiado, precisa ter mais recursos para o saneamento e nós também precisamos, digamos assim, ter mais visibilidade temática frente à sociedade brasileira.

A questão do saneamento precisa ser mais discutida pela sociedade porque ela será cada vez mais decisiva para a sobrevivência de todos nós diante da crise climática.

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