Em agosto, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) variou 0,79%. A pesquisa, do IBGE, captou que os vencimentos dos trabalhadores do setor ficaram mais robustos no período, em parte como resultado de campanhas salariais e acordos coletivos.
A mão de obra, com diversos acordos coletivos firmados no período, ficou com variação de 1,18%, apresentando alta de 0,76 ponto percentual quando comparada a julho (0,42%), e 0,37 ponto percentual em relação a agosto de 2024 (0,81%)”, explica o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.
Essa variação positiva na média salarial do setor reflete o quadro geral do mercado de trabalho. Em 2025, segundo dados compilados até 12 de agosto último, 78,7% dos 10.276 reajustes analisados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos e Socioeconômicos (Dieese) resultaram em ganhos acima da variação do INPC, e 13,0% na simples correção das perdas passadas. A variação real média no período é de 1,12%
Custos da construção
A taxa geral do Sinapi é 0,48 ponto percentual (p.p) acima da registrada em julho, que foi 0,31%. Essa foi a segunda maior variação registrada no ano, ficando apenas atrás do mês de junho (0,88%).
O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 5,42%, resultado acima dos 5,25% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2024, o índice foi de 0,63%. Os dados foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em julho fechou em R$ 1.848,39, passou para R$ 1.863,00 em agosto, sendo R$ 1.064,10 relativos aos materiais e R$ 798,90 à mão de obra.
A parcela dos materiais variou 0,50%, apresentando alta em relação ao mês anterior (0,23%). Comparado ao índice de agosto de 2024 (0,50%), o resultado se manteve.
De janeiro a agosto os acumulados foram de 2,81% para os materiais e de 5,73% para a mão de obra. Já os acumulados em 12 meses ficaram em 4,91% na parcela dos materiais e 6,14% na parcela da mão de obra.
Região Sul registra maior variação mensal em agosto
Influenciada pelas altas na parcela dos profissionais em todos os estados, a região Sul ficou com a maior variação regional em agosto, 2,19%. As demais grandes regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,73% (Norte), 0,36% (Nordeste), 0,65% (Sudeste) e 0,81% (Centro-Oeste)
Em agosto, Mato Grosso do Sul registra maior alta
Com alta na parcela dos materiais e acordo coletivo firmado nas categorias profissionais, Mato Grosso do Sul foi o estado que registrou a maior taxa em agosto, 2,97%. Seguido pelo Paraná (2,79%) e Rio Grande do Sul (2,66%), também influenciados pelo reajuste no setor da mão de obra.