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Viagem de Lula à Rússia e à China: articulação por equilíbrio comercial e multilateralismo

6 de maio de 2025
Viagem de Lula à Rússia e à China: articulação por equilíbrio comercial e multilateralismo
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Presidente visita Moscou, de 8 a 10 de maio, e Pequim, nos dias 12 e 13. Visita marca os 80 anos do fim da Segunda Guerra e amplia laços com a China no IV Fórum China-Celac

Tópicos da matéria
Relações diplomáticasChina Fórum

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá a Moscou (Rússia), de 8 a 10 de maio, no contexto das comemorações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, e a Pequim, (China), em 12 e 13 de maio, por ocasião da visita de Estado e do IV Fórum China-Celac.

A quarta viagem de Lula à Rússia marcará os 80 anos do Dia da Vitória, data da assinatura do documento que formalizou o fim das operações militares, navais e aéreas alemãs, em favor dos aliados na Segunda Guerra. Na ocasião, está prevista uma reunião com o presidente Vladimir Putin e assinatura de atos na área de Ciência e Tecnologia.

“O Brasil é um país que busca paz, que tem um diálogo com a Rússia em vários assuntos. Tem uma relação comercial importante com a Rússia de produtos do agronegócio, e queremos equilibrar nossa balança comercial”, destacou o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, em conversa com jornalistas na manhã desta terça-feira, 6 de maio, no Palácio Itamaraty.

Relações diplomáticas

As relações diplomáticas entre Brasil e Rússia foram estabelecidas em 1828. O relacionamento ampliou-se na década de 1980. Em 2002, as relações foram alçadas ao patamar de parceria estratégica. Desde então, houve frequentes encontros em níveis presidencial e ministerial. Ampliou-se o diálogo sobre temas de interesse comum, seja no âmbito bilateral, seja em foros internacionais, como as Nações Unidas, o G20 e o BRICS. Em novembro de 2004, o presidente Vladimir Putin realizou a primeira visita de um Chefe de Estado russo ao Brasil. Em 2010, foi assinado o Plano de Ação da Parceria Estratégica, que define objetivos, metas e orientações das relações bilaterais.

Balança comercial — De janeiro a março de 2025, o intercâmbio comercial entre Brasil e Rússia foi de US$ 12,4 bilhões. No período, o Brasil exportou US$ 1,45 bilhão e importou US$ 10,9 bilhões, o que fez com que a Rússia se tornasse o quinto país de quem o Brasil mais importa produtos. Entre os principais produtos exportados pelo Brasil encontram-se soja, carne bovina, café não torrado, carne de aves e suas miudezas, e tabaco. O Brasil, por sua vez, importa da Rússia principalmente óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) e adubos e fertilizantes químicos.

China

Em seguida, o presidente Lula viaja até Pequim, na China, para sua quarta visita oficial de Estado ao país. A previsão é que ocorra assinatura de atos nas áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, ciência e tecnologia, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde, educação e cultura. “A magnitude da relação com a China é conhecida. Do ponto de vista comercial, as nossas exportações para a China são superiores às nossas vendas para os Estados Unidos e para a União Europeia. O Brasil é o sétimo principal fornecedor da China. Então é um momento de explorar novas vertentes de cooperação”, disse Saboia.

De acordo com o embaixador, há uma força-tarefa que trabalha a sinergia entre as estratégias de desenvolvimento do Brasil e as da China. Há 16 protocolos e anúncios já definidos e outros 32 em negociação. “Isso certamente está na agenda dessa visita, assim como a visão convergente dos dois países em matéria de defesa do multilateralismo, defesa da reforma da governança global e apoio às funções pacíficas”, pontuou.

Fórum

Na última década, o Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) se consolidou como um mecanismo importante para aumentar a confiança mútua política entre os países, alinhar estratégias de desenvolvimento e promover a conectividade entre a China e os países da América Latina e Caribe. Com a crescente relevância da China no cenário global e o interesse dos países da CELAC em diversificar suas parcerias, o Fórum se consolida como uma ponte estratégica para fortalecer a integração e o progresso mútuo.

“Preciso ressaltar a importância da CELAC para o Brasil e a importância que o presidente Lula atribui à integração regional, tanto que o primeiro ato internacional de seu governo foi exatamente participar da Cúpula em Buenos Aires, em 2023, e retornar à CELAC, da qual havíamos saído em 2019. Então é o momento de dialogar com grandes potências, países e grupos que a CELAC mantém, sem esquecer que a CELAC é o único organismo de integração que reúne os 33 países em desenvolvimento da América Latina e do Caribe”, destacou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty.

Segundo Gisela, estão sendo formulados uma declaração conjunta e o Plano de Ação para o Triênio 2025-2027. “São vários temas de interesse do Brasil, como economia digital, conectividade, gestão de riscos de desastres, mas também comércio e investimento, saúde, segurança alimentar e nutricional, ciência e tecnologia e transição energética. Então é um fórum ao qual o Brasil atribui enorme importância”, registrou.

Comércio — A China é atualmente o principal parceiro comercial do Brasil, ocupando a liderança tanto nas exportações quanto nas importações. De janeiro a março de 2025, o intercâmbio comercial entre os países foi de cerca de US$ 38,8 bilhões. No período, o Brasil exportou US$ 19,8 bilhões e importou US$ 19 bilhões. Entre os principais produtos exportados pelo Brasil encontram-se óleos brutos de petróleo, soja e minério de ferro e concentrados. O Brasil, por sua vez, importa da China principalmente embarcações, equipamentos de telecomunicações, máquinas e aparelhos elétricos, válvulas e tubos termiônicos (válvulas).

Relações bilaterais — As relações bilaterais têm-se caracterizado pelo dinamismo. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e tem sido uma das principais fontes de investimento externo no país. O relacionamento vai além da esfera bilateral: Brasil e China têm mantido diálogo também em mecanismos como BRICS, G20, OMC e BASIC (articulação entre Brasil, África do Sul, Índia e China na área do meio ambiente).

Em abril de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou sua terceira visita de Estado à China. A visita resultou na mais abrangente declaração conjunta emitida pelos dois países, tratando de cooperação em áreas variadas – desde assuntos econômico-comerciais, de segurança alimentar e de cooperação espacial até temas internacionais, como o conflito na Ucrânia –, demonstrando a multidimensionalidade dos interesses compartilhados. Foram assinados 15 atos governamentais e anunciados 32 acordos empresariais, em áreas como energias renováveis; indústria automotiva; agronegócio; linhas de crédito verde; tecnologia da informação; saúde; e infraestrutura.

Outros nove instrumentos foram celebrados entre Estados da Federação e outras entidades ou empresas brasileiras e chinesas. No campo do meio ambiente, foi adotada a Declaração Conjunta sobre o combate à mudança do clima e foi decidido criar, no âmbito da COSBAN, subcomissão específica sobre a matéria. COSBAN é a sigla para a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação.

A China figura entre as principais fontes de investimento estrangeiro direto no Brasil, com crescente presença em setores de relevo da economia nacional. Destacam-se os investimentos nos setores de eletricidade e de extração de petróleo, bem como de transportes, telecomunicações, serviços financeiros e indústria.

Assuntos Governo
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